Envelhecer com qualidade de vida
Até
2025, segundo a OMS, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos.
Entre 1980 e 2000 a população com 60 anos ou mais cresceu 7,3 milhões,
totalizando mais de 14,5 milhões em 2000. Em todo o mundo, a proporção de
pessoas com 60 anos ou mais está crescendo mais rapidamente que a de qualquer
outra faixa etária.
Manter
a autonomia e independência durante o processo de envelhecimento é meta
fundamental para indivíduos nessa faixa etária. Além disto, o envelhecimento
ocorre dentro de um contexto que envolve outras pessoas – amigos, colegas de
trabalho, vizinhos, membros da família e Igreja. Esta é a razão pela qual
interdependência e solidariedade entre gerações (uma via de mão-dupla, com
indivíduos jovens e velhos, onde se dá e se recebe) são princípios relevantes
para o envelhecimento ativo.
Os
fatores psicológicos, que incluem a inteligência e capacidade cognitiva (por
exemplo, a capacidade de resolver problemas e de se adaptar a mudanças e
perdas), são indícios fortes de envelhecimento ativo e longevidade.
Durante
o processo de envelhecimento normal, algumas capacidades cognitivas (inclusive a
rapidez de aprendizagem e memória) diminuem, naturalmente, com a idade.
Entretanto, essas perdas podem ser compensadas por ganhos em sabedoria,
conhecimento e experiência. Freqüentemente, o declínio no funcionamento
cognitivo é provocado pelo desuso (falta de prática), doenças (como depressão),
fatores comportamentais (como consumo de álcool e medicamentos), fatores
psicológicos (por exemplo, falta de motivação, de confiança e baixas
expectativas), e fatores sociais (como a - solidão e o isolamento), mais do que
o envelhecimento em si.
Outros
fatores psicológicos que são adquiridos ao longo do curso da vida têm uma grande
influência no modo como as pessoas envelhecem. A auto-eficiência (crença na
capacidade de exercer controle sobre sua própria vida) relacionada às escolhas
pessoais de comportamento durante o processo de envelhecimento. Saber superar
adversidades se adaptar às mudanças e às imitações normais do processo de
envelhecimento. Homens e mulheres que se preparam para a velhice e se adaptam a
mudanças fazem um melhor ajuste em sua vida depois dos 60
anos..
Envelhecer
é uma evolução normal da vida e esta fase pode e deve ser vivida com qualidade.
Precisamos mudar o conceito de velhice de acordo com as mudanças ocorridas neste
século. A velhice é mais relativa hoje do que antes. Que é ser velho? Como conceituar essa fase, no mundo de hoje?
Se em todo momento acrescenta-se mais anos em nossas vidas. O que vai definir
tal condição são as perspectivas futuras, é o quanto podemos ainda estabelecer
metas, construir projetos. Não envelheça entes do tempo. É importante cuidarmos
para não nos tornarmos pessoas amargas, mau humoradas, exigentes, críticas,
ranzinzas, intolerantes, pouco flexíveis, autoritárias, pouco acessíveis ao
diálogo. Temos que cuidar para não ficarmos de mal com a vida. Infelizmente,
algumas pessoas, inconformadas com esta condição, age de forma negativa, se
isolando, não se relacionando bem com as pessoas, tornando o convívio familiar
difícil e intolerável. Outras, ao contrário, tornam-se, pessoas disponíveis,
simpáticas, úteis, dinâmicas e produtivas, carinhosas, otimistas, abertas a
novas perspectivas, com as quais é gostoso conviver. Essas últimas são pessoas
que seguem suas vidas de forma natural e acompanham a evolução com sabedoria,
buscando sempre se adaptar as mudanças. Com qual das duas você se
identifica? Você se sente participativo?
Você está preste a se aposentar? Ou já se aposentou? É hora de recomeçar.
Estabeleça novas metas, aventure-se, siga adiante, a vida não para. Aproveitar a
vida é vivê-la bem, portanto, se dê oportunidade de ser feliz e realizar seus
sonhos. Se adapte as transformações do mundo moderno, procure estar sempre
atualizado, conquiste novos espaços. Aprenda a se conhecer melhor e a reconhecer
e trabalhar suas emoções e sentimentos. Melhore sua auto-estima. O
autoconhecimento é um processo que poderá levá-lo a descobrir em você, novos
talentos. Não permita que a ociosidade, o desânimo, o pessimismo, o medo,
tristeza o leve ao estresse, à ansiedade, à depressão, ao pânico, ou até mesmo a
doenças físicas, mentais, psicossomáticas, ao alcoolismo e outras dependências.
Procure cuidar de sua saúde física e emocional.
Profa.
Dra. Edna Paciência Vietta
Psicóloga
Clínica
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