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30 de abr. de 2013

Equilíbrio emocional: a chave para o sucesso


                                                             


                                                Equilíbrio emocional: a chave para o sucesso.     

Sossego, tolerância, paciência, calma e confiança são condições sempre em falta naqueles que apresentam problemas e que procuram ajuda psicológica. Dificilmente um paciente que procura ajuda emocional não reclama da falta que estas condições lhe causam no relacionamento familiar, profissional e social. “As queixas constantes são manifestadas por frases do tipo: “Não consigo tolerar meu marido”. “Não suporto trabalhar com o meu chefe”, “não tenho paciência com meu filho”; “Vivo estressado”, “Não tenho paciência com minha sogra”. “Estou prestes a perder meu emprego por falta de controle”.
Embora se coloquem como a causa e admitam a falta dessas condições, acreditam que o problema está sempre no outro, no marido, no filho, no chefe, na sogra, no vizinho, enfim, fora dela, nas coisas, pessoas ou situações. É lógico que o problema pode estar também na forma de reagir e se comportar do outro, mas é preciso refletir o que em nós produz a reação no outro. Na verdade, nossa paz interior depende primeiramente do conhecimento que temos dos nossos próprios valores, crenças, sentimentos e emoções, ou seja, da relação do sujeito com ele mesmo.
Equilíbrio emocional, tolerância, bom senso, nos levam a melhor entendimento. Agir com calma é agir com sabedoria. Tolerância sem bom senso pode ser um risco. 
Para Leonardo Boff “Tudo tem limites, também a tolerância, pois nem tudo vale neste mundo... Há situações em que a tolerância significa cumplicidade com o crime, omissão culposa, insensibilidade ética ou comodismo”.
É preciso avaliar com inteligência quando uma situação pede intervenção imediata e firmeza ou, quando uma situação pode ser resolvida de maneira mais serena e tranqüila. Isto não quer dizer que devemos estar sempre em posição estável ou indiferente diante de circunstâncias desfavoráveis ou adversas, que o melhor é permanecermos na zona de conforto. Não significa que devemos nos conformar com tudo em nome da tolerância e paciência..
Por outro lado, a conseqüência da falta de calma é uma mente agitada, ansiosa, inquieta. É lógico que, às vezes, temos que agir rápido para darmos conta de responsabilidades ou até mesmo para salvar vidas, mas agir com rapidez não é o mesmo que agir com pressa. A rapidez é ágil, a pressa é afobação, precipitação.
A Bíblia, diz em Isaías 30: 15 “.. na quietude e confiança reside vossa força...”.
 É na quietude e na calma interior que conhecemos as grandes verdades da vida.
A grande verdade é que o equilíbrio emocional é extremamente importante para tomarmos decisões acertadas na nossa vida. O nosso equilíbrio emocional dependente do conhecimento que temos dos nossos estados internos e da influência que estes têm sobre os nossos pensamentos, comportamentos e atitudes. 
O homem pós-moderno tem sido estimulado emocionalmente mais do que qualquer outro da história humana, e em conseqüência disso, sua mente anda muito agitada e inquieta. O homem tem perdido a calma por muito pouco. Por motivos banais tem se tornado violento.
“A excitação constante do sistema nervoso tem produzido pessoas extremamente “apressadas”, “inquietas”, “intolerantes”, impacientes” e “ansiosas”.
A relação entre o equilíbrio emocional e o sucesso está em saber lidar com as emoções nos diversos âmbitos da vida: afetiva, social, familiar, profissional e até mesmo financeira.
Estudos desenvolvidos nas universidades de Harvard, de Stanford e na Fundação Carnegie revelam que “15% das razões pelas quais alguém conquista um emprego, mantêm-se nele ou consegue uma promoção é determinado pela sua qualificação técnica. Nos demais 85% dependem diretamente do equilíbrio emocional – da habilidade para comunicar-se e relacionar-se com os outros, de manter-se calmo, ter tolerância, segurança, etc.” Especialmente nas empresas em que o ambiente se caracteriza por pressão e resultados, competitividade, convivência com diversidade e segurança, torna-se imprescindível saber administrar emoções.
Manter o controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo, consiste basicamente em saber lidar com as emoções. É enfrentar com tolerância os erros alheios e superar fatos imprevistos e/ou indesejáveis. É suportar as dificuldades de toda ordem e não perder a capacidade de confrontá-las e resolvê-las com sabedoria e tranquilidade. É a capacidade de ser perseverante, saber esperar o momento certo para tomar decisões, saber administrar a ansiedade, buscando o controle, o equilíbrio e a paz interior.

Profa. Dra. Edna Paciência Vietta
             Psicóloga Clínica



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Psicoterapia e seus benefícios



Os últimos avanços na área da Psicologia e Psicoterapia têm permitido alcançar resultados cada vez melhores e mais significativos. Apesar de ser considerado um tratamento oneroso, a psicoterapia tem se mostrado, na realidade, um procedimento econômico. Pesquisas indicam que a aplicação efetiva da psicoterapia diminui os índices de transtornos mentais, internações hospitalares, idas aos prontos socorros, a auto-medicação e seus malefícios, e consumo indevido de psicotrópicos, outros medicamentos, etc.
Além dos benefícios que traz para a saúde psicológica da pessoa, a psicoterapia melhora a qualidade de vida, favorece a aquisição de autonomia, aumento de auto-estima, dando uma nova orientação em relação à vida das pessoas. A psicoterapia tem se mostrado um tratamento economicamente compensador, por prevenir e tratar problemas psicológicos que, quando não tratados adequadamente, trazem enormes prejuízos pessoais, conjugais, sociais e profissionais, com repercussão na situação econômica e afetiva das pessoas (perdas financeiras, compulsões, divórcios, separação, perda de emprego ou de oportunidade de ascensão no trabalho, etc.).
Em nossa atividade profissional, temos observado que a maioria das pessoas que tem comparecido à clínica, em busca de ajuda psicológica, o faz por vontade própria, outros vêm por insistência ou pressão da família. Os que comparecem por esta última via, geralmente, apresentam maior dificuldade em aderirem ao tratamento, neste caso demoram um pouco mais a se engajarem no processo. É importante dizer que a psicoterapia só funciona a partir do momento em que o cliente desejar ser ajudado e aceitar o tratamento, ou seja, sem engajamento não há terapia. A experiência tem mostrado que as pessoas que procuram ajuda espontaneamente respondem melhor ao tratamento e têm melhor aproveitamento que aquelas que se submeteram às decisões de terceiros. Os que tomaram iniciativa própria, geralmente se deram conta de que algo diferente estava acontecendo com elas, sentiram necessidade de buscarem ajuda e obtiveram grande alívio ao poderem expressar seus sentimentos de forma adequada. Alguns destes sentimentos foram manifestos através da verbalização de insatisfação como forma da pessoa reagir a certos acontecimentos, frustrações com sua situação familiar, dificuldades nos relacionamentos interpessoais, falta de iniciativa ou disposição para realizar atividades cotidianas, posturas habitualmente pessimistas, oscilação de humor, medos irracionais, pânico, timidez, ansiedade, depressão, ciúme, desânimo, entre outros. Ainda, como motivos desta procura foram indicados: a percepção de que o padrão de comportamento utilizado por essas pessoas não lhes proporcionava vida estável e equilibrada, que o jeito habitual de ser, lhes causava problemas e prejuízos consideráveis na vida pessoal, social e profissional, sendo, muitas vezes, impeditivos para o estabelecimento de relacionamentos satisfatórios.
Temos presenciado pessoas que procuram ajuda psicológica por, de repente, se deram conta de que os problemas foram se acumulando ao longo da vida e soluções foram sendo postergadas às expensas do estresse causado, culminando em agravamento de conflitos pessoais, conjugais e profissionais. Algumas pessoas ficaram surpresas em terem permitido que seu estado emocional pudesse chegar a tal nível. Tais pessoas se questionaram como puderam negligenciar sua saúde mental e conviverem com tantos problemas, suportando tantos sofrimentos. Mais surpresas ficaram quando descobriram as conseqüências negativas, que poderiam ter evitado (algumas delas irreversíveis), caso tivessem buscado ajuda apropriada, no momento adequado. As pessoas se mostraram arrependidas por não terem tomado iniciativa antes, tomando consciência do preço que tiveram que pagar por permanecerem em conflitos consigo e com os outros, sobretudo, com os mais próximos e significativos (filhos, pais, cônjuges, etc.). Admitiram o quanto viveram infelizes, derrotadas, amargas, mal-humoradas, quando poderiam ter desfrutado melhor as oportunidades da vida. Pessoas que já poderiam ter alcançado sucesso em sua vida conjugal, familiar, profissional, encontram-se hoje, sem rumo, desorientadas frustradas, sem perspectivas futuras por falta de autoconhecimento e auto-estima. Quantas delas insistem em resolver os problemas por si próprias, sem obterem resultados desejados, se acomodando a eles por medo, orgulho, preconceito, teimosia, ou mesmo, por ignorarem os recursos psicológicos disponíveis. Ainda, assim, muitas resistem recorrerem a esta alternativa, mesmo sabendo ser esta, o recurso efetivo para instrumentá-las a lidarem adequadamente com seus conflitos.

Auto-estima: sucessos e fracassos

A auto-estima é um sentimento essencial à sobrevivência psicológica, no entanto, as exigências do mundo moderno parecem estar tornando tal conquista uma tarefa penosa e difícil de ser atingida. Haja vista suas implicações freqüentemente detectadas nas queixas dos clientes tanto jovens, como adultos e idosos que procuram ajuda psicológica, entre elas: a timidez, a insegurança, a depressão, a dependência afetiva, o ciúme excessivo, etc.
A crise de valores parece ser outra conseqüência desta presença constante, um dos sintomas emocionais freqüentes. Muitos sentimentos de inferioridade podem ser influenciados por valores distorcidos pela mídia, por publicidades apelativas, por apelos ao consumismo, pelo culto ao corpo, por ideologias consumistas.
O mundo moderno supervaloriza o novo, o belo, o perfeito, o forte, os mais jovens, a performance sexual, as proezas atléticas, o poder, as posses materiais, mas não valoriza da mesma forma, o amor, a simpatia, o caráter, a amizade, a alegria, a paz, a fé, a tolerância, a fidelidade, a compreensão, as tradições, a disciplina, os valores morais. Quando falamos de auto-estima estamos referindo-nos ao grau de aceitação de nós mesmos, do grau de estima que adotamos frente ao conceito que fazemos de nós. Nossos sentimentos afetam nossa auto-estima de maneira positiva ou negativa. O sentimento de auto-estima é a percepção valorativa de nosso ser, da importância que temos para as pessoas que nos rodeiam, e desta, depende toda nossa realização pessoal e profissional. É a partir dela que tomamos decisões, fazemos escolhas e nos relacionamos e interagimos com o meio familiar, profissional e social.
Da auto-estima depende nossos sucessos e fracassos, uma vez que vinculada a um conceito positivo de nós mesmos, pode potencializar nossas capacidades e talentos, desenvolver habilidades, aumentar nosso grau de segurança pessoal e nos levar a postura otimista frente a novas conquistas. Isto implica no sentimento de estarmos de bem com a vida, de sermos aceitos e amados pelo que somos. Por outro lado, também é certo que auto-estima em excesso pode se constituir num transtorno para o relacionamento quando a pessoa se torna convencida, arrogante, egoísta, podendo, muitas vezes, ser confundida com a personalidade narcísica.
Estudos recentes, realizados por pesquisadores da Califórnia, afirmam que auto-estima muito elevada pode levar à frustração e até mesmo à delinqüência. Segundo os pesquisadores, a pessoa que não sabe dosar sua auto-estima traz danos a si própria e à sociedade, pois esta atitude pode extrapolar os níveis saudáveis da competitividade e exacerbar a agressividade e a intolerância. O ideal é a ponderação entre os extremos.
A auto-estima negativa faz com que a pessoa não confie em si própria, nem em suas possibilidades, se desvalorizando e se sentindo inferior às outras pessoas. A pessoa com baixa auto-estima está sempre com a sensação de desvantagem, incapacidade, sentimento de que nunca chegará a ter o mesmo rendimento que os outros e acaba se convencendo disso. A autocrítica dura e excessiva, imposta pela baixa auto-estima, imprime estados de insatisfação da pessoa consigo própria, indecisão crônica, medo exagerado do insucesso, e de equivocar-se, ser criticado, humilhado, rejeitado, etc. Esta condição faz com que o indivíduo se retraia e desista de seus intentos.
O autoconceito e a auto-estima, em dose adequada, favorecem o sentido de identidade, constitui marco de referência, já que interpretar a realidade externa e às próprias experiências, influem no rendimento, condiciona as expectativas e a motivação, contribuindo de forma efetiva para o controle emocional e conseqüentemente para o equilíbrio psíquico.
O autoconhecimento é o caminho para auto-realização e o processo que leva à auto-estima. À medida que a pessoa identifica e aceita suas qualidades e defeitos, estará aberta para o conhecimento e reconhecimento de seus sentimentos, desejos e vontades, estará dando um grande passo para o autoconhecimento. Em geral, experiências positivas, e bons relacionamentos ajudam a aumentar a auto-estima, enquanto experiências e relações problemáticas a diminuem.
Seja uma pessoa bem sucedida cuidando de sua saúde emocional.




Profa. Dra. Edna Paciência Vietta
Psicóloga/Psicoterapeuta